Com a popularização do conceito ESG, muitas empresas passaram a adotar práticas sustentáveis em suas atividades a fim de elevar sua percepção de valor junto ao mercado e seus clientes. No entanto, existem organizações que se aproveitam disso para praticar o Greenwashing. Você sabe o que esse termo significa?
Embora tenha começado a aparecer mais em 2021, essa prática vem dando o que falar. Traduzindo para o português o termo significa “lavagem verde” e representa uma estratégia de marketing nociva, que promove ações sustentáveis que na prática, não se sustentam.
Acompanhe a leitura e entenda mais sobre a importância da sustentabilidade no mercado e veja também o que é, quando surgiu e os impactos do Greenwashing para o mercado financeiro. Confira!
Importância da sustentabilidade no mercado
A sustentabilidade é um dos conceitos mais fortes nos últimos anos, e no cenário corporativo não é diferente.
Afinal, o foco do consumidor está bastante voltado à forma de produzir e consumir das empresas. Em pesquisa feita pela Febraban em parceria com o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Economicas (IPESPE) com 3000 pessoas, cerca de 35% das pessoas afirmaram ter deixado de consumir produtos e serviço de empresas que não adotavam práticas sustentáveis e de preservação ao meio ambiente.
Além disso, a maioria dos stakeholders considera investimentos sustentáveis grandes indutores do crescimento no futuro, indo muito além do conceito e representando força e competividade para ampliação de aceite de produtos e serviços no mercado.
Sendo assim, as empresas que desejam atrair e reter mais clientes, precisam atuar de forma equilibrada e ambientalmente correta. Para isso, é preciso que suas ações gerem de fato impactos positivos e não apenas discursos ou intenções, como acontece no Greenwhashing.
O que significa o termo Greenwashing?
O Greenwashing é uma prática que vem se tornando muito comum em razão do aumento da demanda por produtos e serviços que trazem consigo o conceito de sustentabilidade.
Na prática, esse termo corresponde a estratégia de construir uma imagem de responsabilidade ambiental, mas que na verdade não se sustenta.
Ou seja, é uma prática de falsa imagem, fornecendo informações enganosas sobre produtos e/ou serviços e seus impactos no meio ambiente. Ela pode estar presente desde em campanhas publicitárias, até em anúncios, discursos e outras formas de promoção realizadas pela organização.
Quando surgiu?
A expressão surgiu antes de 1986, mas ganhou destaque nesse após a publicação de uma crítica ao movimento “Salve a Toalha” feita por Jay Westerveld, um ambientalista.
A crítica apontou a grande quantidade de lixo encontrada em hotéis em que ele mesmo se hospedava não havendo serviços e nem esforços para que esses negócios fossem realmente sustentáveis.
Ele afirmou que esses hotéis apenas tentavam reduzir seus custos já que não teriam de lavar várias toalhas, enquanto se vendiam como uma empresa ecologicamente correta e desde então o termo tem sido associado a esse tipo de publicidade enganosa.
Impactos do Greenwashing para o mercado financeiro
A prática tem grande impacto no mercado financeiro. Se não bastasse a disseminação de falsas promessas e informações a fim de captar clientes de maneira enganosa, o impacto no meio ambiente continua e ainda atraí mais consumidores para que o negócio continue da forma que está.
Além disso, o Greenwashing pode trazer perdas imensuráveis para as empresas no que diz respeito a própria imagem e retenção de novos investidores, diminuindo oportunidade e aumentando riscos.
Através de ações pseudo-sustentáveis essas empresas ainda acabam por infringir a Lei ABNT NBR ISSO 14021/2017 que propõe requisitos ambientais mínimos no que se refere a produtos e serviços.
Portanto, as empresas que desejam evitar esses impactos negativos, devem colocar em práticas suas ações pautadas no conceito de ESG, usando inclusive de recursos seguros e confiáveis para registro, de modo que seja possível comprovar tais ações futuramente.
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